Nome de Código: Cloverfield
2 Comentário(s) Pisado por Tiago Ramos em segunda-feira, 29 de setembro de 2008 às 16:30.Pode-se considerar que Cloverfield ressuscitou o género "filmes de monstros", acabando por copiar o conceito Godzilla. Argumento à parte, o conceito (inovador ou não) é a parte mais interessante do mesmo e nisso Matt Reeves tem um papel preponderante. Reeves incentiva o género filme amador, trazendo-nos perpsectivas exteriores às comuns, essencialmente a do cameraman, que nunca acaba por focar o monstro em pleno, ao contrário do muitas vezes desejado. E é nisso que assenta a curiosidade do filme.
Os primeiros vinte minutos, meia-hora de filme são o grande ponto fraco do mesmo. Apesar de se compreender que era necessário um enquadramento a nível humano e social, acaba por se tornar num filme que não exige grande reflexão além do componente visceral e apocalíptico que nos é apresentado. As memórias captadas pela handycam acabam por se tornar, no início, uma espécie de revivalismo ao cenário do 11 de Setembro e nesse sentido, sensibilizam o espectador.
Contudo, o filme acaba por não nos trazer nada de novo. Além de um punhado de sequências de suspense interessantes e do facto de nos pôr no lado dos protagonistas, sem saberem mais do que é revelado (ao contrário da maioria dos filmes, não tem uma narração omnisciente), assenta na banalidade.
Um dos pontos a favor serão mesmo, após os créditos finais, da fantástica peça musical da autoria de Michael Giachinno e da perspectiva de uma sequela, assente no ruído que se ouve "It’s still alive" . O que nos mostra isto? A sequela assentará na perspectiva de outrem, num dos muitos personagens que corria com câmaras e telemóveis? Trará pontos de vista mais informados? Resta-nos esperar.
Etiquetas: Crítica Cinematográfica
"Cloverfield foi dos primeiros filmes a empenhar-se num sub-género específico: a perspectiva de uma câmara amadora."
Não sabia. Deve ser interessante. : )
É tipo [REC]... Todo o filme é filmado por um personagem...