Pisares


Harry Potter and the Deathly Hallows

‘Tell me one last thing,’ said Harry. ‘Is this real? Or has this been happening inside my head?’

(…)

‘Of course it is happening inside your head, Harry, but why on earth should that mean that it is not real?’


J. K. Rowling, Harry Potter and the Deathly Hallows


Este último livro da saga que mais fez sucesso em todo o mundo é um grande conjunto de explicações fantásticas, de ideias brilhantes, um excelente enredo, um final grandioso…

Mais uma vez, fiquei fascinada com as voltas que a história dá e com as surpresas que se vão atravessando no caminho, principalmente em volta do grande final.

Sempre considerei esta enorme história uma fuga do simples mundo Muggle para o universo dos feiticeiros e das bruxas, das varinhas, das poções, das vassouras, do Quidditch, do sumo de abóbora e dos pudins dos banquetes de Hogwarts, das piadas dos Weasley, dos fantasmas e dos retratos vivos, do Profeta Diário, dos sentimentos tão fortes das fortes linhas de palavras. Enfim, uma fuga para um outro mundo diferente.

Este final veio dar uma certeza (já há muito certa…) de que é uma maravilhosa história idealizada num comboio, numa simples viagem. A autora dedica este último livro a 7 pessoas diferentes e uma delas é o enorme conjunto de leitores espalhados por todo o mundo.

Obrigada pela dedicatória e, sobretudo, obrigada pela excelente história que me fez sorrir, rir, chorar, pensar, reflectir!

Etiquetas:

Happiness

"Why don't you stay
I feel lucky today
Give me a chance
and I'll show you the way
I know some day you'll be mine
you will know too
it's a matter of time
Oh! Let me hold your hand
Please, let your heart beat again
You know I daydream of you
I'm so in love
it's too good to be true
You make me smile
as I look into your eyes
My heart is full
like my very first time
It's like I was born again
I just can't say
how happy I am
Oh! let me hold your hand
Please, let your heart beat again"

Esta música pertence ao quarto álbum de originais de Rodrigo Leão - "Cinema" - e chama-se "Happiness". A sua composição é magnífica, muito ao estilo intimista de Rodrigo Leão. Uma sonoridade blues/jazz que me entra estranhamente no ouvido e me faz cantar a plenos pulmões com Sónia Tavares (vocalista da banda The Gift), que interpreta este tema magnificamente. A música e as palavras remetem-me como personagem de quase protagonismo num qualquer filme dos anos 70, com um cigarro na mão, uma taça de Moet&Chandon na outra e ao som do piano, alguém me canta em cima dele.

Os arranjos eclécticos e contemporâneos de um dos maiores compositores portugueses, Rodrigo Leão, soam lindamente nesta canção e deixa-me assim, num estado de «Happiness».

Etiquetas:

Amsterdam

Come on, my star is fading
And I swerve out of control
If i, if I’d only waited
I’d not be stuck here in this hole
Come here, my star is fading
And I swerve out of control
And I swear I waited and waited
I’ve got to get out of this hole

But time is on your side
It's on your side now
Not pushing you down and all around
It’s no cause for concern

Come on, oh my star is fading
And I see no chance of release
And I know I’m dead on the surface
But I am screaming underneath

And time is on your side
It's on your side now
Not pushing you down
And all around, no
It’s no cause for concern

Stuck on the end of this ball and chain
And I’m on my way back down again
Stood on a bridge, tied to the noose
Sick to the stomach
You can say what you mean
But it won’t change a thing
I’m sick of the secrets
Stood on the edge, tied to a noose
You came along and you cut me loose
You came along and you cut me loose
You came along and you cut me loose.

Amsterdam, Coldplay

Esta música diz-me tudo. Porque fica cá dentro, porque enche o interior de cor.

Etiquetas:

Coldplay

Há músicas que nos tocam dada a sua composição ou letra, ou ambas as coisas. Mas são casos isolados, pois quantos de nós gostam de todas as faixas de um mesmo álbum? É muito raro isso acontecer, mas no caso dos Coldplay isso acontece. É o que posso chamar de a banda da minha vida.

Formada em 1998, Coldplay é uma banda de rock/britpop conhecida pelas suas músicas melódicas e letras intimistas. Na minha opinião tem influências de U2, R.E.M., Pink Floyd, John Lennon, The Smiths, Johnny Cash, entre outros.

Tenho todos os álbuns e singles da banda, incluindo os menos conhecidos como o Lado B do álbum A Rush Of Blood To The Head ou EP's da banda ao vivo. Os seus álbuns recebem boas críticas mundiais, tendo o último álbum "X&Y"  arrecado galardões (mas menos unânime que o álbum antecessor) e uma digressão milionária (Twisted Logic Tour) que passou também por Portugal. "X&Y" é considerado por Chris Martin como uma referência aos pontos altos e baixos do seu quotidiano.

Das suas músicas destaco "Yellow", "The Scientist", "In My Place", "Trouble", "Speed Of Sound", "A Rush Of Blood To The Head" e "What If", mas claramente não posso deixar nenhuma de fora. Apesar de sempre dar mais importância à letra do que à composição, os Coldplay são das raras bandas que eu conheço todas as músicas de cor, gostando tanto da letra como da música. Muitos dos acordes musicais são de bradar aos céus e revejo-me muito nas suas letras melancólicas.

Destaco também o carácter solidário-político da banda que participa activamente de campanhas como a da Amnistia Internacional e outras. De interessante notar que apesar de serem uma banda de sucesso mundial, não querem desvirtuar o significado das suas músicas, tanto que apesar de alguns dos seus singles terem surgido em bandas sonoras (Peter Pan, Gar den State, The Last Kiss, Roswell, Six Feet Under e novelas), não permitem que elas sejam usadas em campanhas publicitárias. Já recusaram contratos milionários com Gatorade, Diet Coke, e The Gap, que queriam usar as músicas “Yellow”, “Trouble”, e “Don’t Panic” respectivamente.

Do seu próximo álbum pouco se sabe, mas suspeita-se que possa ser lançado em Fevereiro de 2008. "Mining on the Moon", "The Butterfly", "The Fall of Man" e "Bucket for a Crown" são as quatro músicas novas das quais já se conhece o título. Brian Eno já foi referido como produtor deste próximo quarto álbum.

Site Oficial da Banda - www.coldplay.com

MySpace Oficial da Banda - www.myspace.com/coldplay



Classificação:

Etiquetas:

Amélie Poulain

"E você nem legume é, porque até as alcachofras têm coração."

Amélie em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Etiquetas:

O Esquimó

(...)

Também nunca mais vi a minha mãe nova. O tempo embaciou-a, torceu-a, e observava-me sempre numa preocupação desconfiada. Julgo que na sua opinião eu era capaz das catástrofes mais atrozes. Não fiz muitas: faltava às aulas, quebrava uns vidros com a bola, não  respondia se me chamavam, distraído. Suponho que o meu futuro a angustiava

- O que vai ele fazer?

ao passo que a mim não me angustiava o que quer que fosse, porque nunca iria ser crescido. Ser crescido era ter óculos, tosse, autoridade. Ler o jornal. Fumar também, mas isso fazia eu às escondidas, depois de roubar na copa uma caixa de fósforos das grandes. Como a casa era antiga a copa fervia de baratas. E saíam aranhas dos canos da banheira, cheias de patas. O meu pai chegava ao fim do dia, severo, entrincheirava-se no escritório. Livros, cachimbos. Volta e meia ia até lá espetar um cachimbo apagado na boca, daqueles curvos, à Sherlock Holmes. Tinham um cheiro esquisito. Pareciam ferver quando os chupava. Uma vez o meu pai apanhou-me naqueles manejos. Perguntou-me se eu era parvo. Disse-lhe que sim e ficou a mirar-me, embatucado. Ao contrário dos cachimbos o cheiro dele era agradável, a brilhantina e hospital. De manhã gostava de seguir-lhe os músculos das costas a moverem-se enquanto se barbeava. Andava sempre depressa, subia e descia as escadas a correr. Lia livros que não acabavam nunca. De tempos a tempos lia em voz alta para nós. Romances, versos. Achava aquilo lindo, eu achava uma chatice. Depois, de repente, comecei a achar lindo também, mas estava seguro que podia fazer melhor. E então começou o meu fadário com as prosas.

(...)

Excerto de uma crónica de António Lobo Antunes in revista Visão

Etiquetas:

Good bye Lenin!

Good bye Lenin é uma comovente comédia que se desenrola em volta do coma de uma mulher, uma activista da Alemanha socialista. Quando acorda, o filho Alexander faz de tudo para esconder a verdadeira realidade dela: a afinal, a mais pequena emoção pode matá-la.

A queda do muro de Berlim e a Alemanha socialista deixada para trás, sendo substituída pelo capitalismo, são dois dos grandes factos que Alex encobre. O que ele faz para recriar o passado naquela casa é levado ao pormenor, para que a mãe seja levada a pensar que Lenine vencera na luta contra o capitalismo!

Um excelente filme que excedeu todas as minhas expectativas! O enredo, a banda sonora, tudo!

Classificação:

Etiquetas:

Carta

Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...

Carta, Toranja

Esta música é uma janela para o Tudo! Principalmente estas duas estrofes que dizem tanto...

Etiquetas:

As Rosas de Atacama

Foi o primeiro livro de Luís Sepúlveda que li, meramente por acaso, desconhecendo totalmente a sua biografia, qualquer obra sua ou o modo de escrita. Não fiquei desiludido.

É um livro diferente de todos os outros que já li, principalmente porque não é um romance de ficção apenas. Pelo contrário, em Sepúlveda, a realidade supera sempre a ficção.  Os relatos, sempre curtos, são lembranças e homenagens a homens, mulheres e até ao seu gato Zorbas. São relatos de vida, de dignidade humana, valores ecológicos e de exotismo, em muitas das suas viagens.

Sepúlveda revela-se um excelente contador de histórias em que retrata a vida daqueles que, no seu anonimato, ajudaram, ajudam e ajudarão a construir o verdadeiro rosto da História.

A primeira história, que serve de mote ao livro, fala-nos de uma inscrição que o autor encontrou gravada numa pedra, no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, onde se lê: «Eu estive aqui e ninguém contou a minha história». Pois bem, é isto que o autor se propõe a fazer.

Classificação:

Etiquetas:

Pisares

Nascido de uma conversa de amigos, este blogue será um espaço de cultura e de devaneios. Não será apenas uma compilação de citações de outros autores, mas incluirá também citações de música, de arte, de blogues, de pensamentos próprios; essencialmente um espaço de palavras em todas as suas vertentes.

Por quê o nome «Pisares» para este blogue?

"Porque as palavras que os nossos olhos apreciam são diferentes pisares de diferentes solos."

 

A Maria e o Tiago serão os anfitriões e estamos certamente ansiosos pelas vossas visitas e comentários.

Etiquetas:




© 2006 Pisares | Blogger Templates by GeckoandFly.
No part of the content or the blog may be reproduced without prior written permission.
Learn how to make money online | First Aid and Health Information at Medical Health