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Cubo Zero

Cubo Zero é o último filme da trilogia do Cubo, no entanto trata-se de uma prequela que explica os motivos por detrás da construção do enigmático cubo. Cubo Zero tem tanto de bom, como de mau.

Partindo do princípio básico dos dois filmes anteriores, oito pessoas acordam sem se conhecer umas às outras, sem saber porque estão presas e nem como prosseguir. Aos poucos, vão enfrentando a morte, ao mesmo tempo em que tentam sair do lugar. Porém, desta vez a história aprofunda os criadores do cubo. Aqui, o homem que vigia as salas do cubo acaba se envolvendo de forma perigosa na trama quando uma mulher inocente é presa no jogo. Os acontecimentos desta trama, na verdade, acontecem antes dos mostrados no filme de 1997 que deu origem à série.

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Cubo Zero não explica exactamente por detalhes os motivos da construção do cubo ou o funcionamento dos engenhos, mas é aí que brilha: por manter o interesse e o enigma no ar, deixando ainda muita coisa no ar. E a ideia original por detrás do argumento do primeiro filme pretendia isso mesmo: deixar o espectador confuso e claustrofóbico.

Desta vez, a prequela acaba por dar oportunidade ao espectador, de aliviar este sentimento de claustrofobia, recorrendo à invasão dos sonhos/mente dos personagens, mas também (e essencialmente) à sala de controlo, onde dois homens vigiam o cubo. Estes dois personagens, entre os quais o actor Zachary Bennet que tem aqui uma excelente interpretação, revelam aquilo que o espectador já suspeitava: o cubo é uma espécie de instalação militar, um centro de experiências, concebido pela empresa Izon, onde à partida se encontram prisioneiros políticos ou de guerra ou pessoas que, de alguma forma, poderiam prejudicar os seus interesses.

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O exagero nesta prequela encontra-se sobretudo no abuso da ficção científica (sim, ainda mais que em Hipercubo), que chega a roçar o ridículo, com a existência de personagens e cenas, que mais parecem saídas de uma adaptação de uma banda desenhada da Marvel. Contudo e tirando os aspectos negativos do filme (que ainda são muitos), o mesmo acaba por ser demasiadamente interessante, com uma componente gore maior, mas ao mesmo tempo com um lado mais sentimentalista e emocional, até então desconhecido.

Cubo Zero explica-nos o que acontece quando alguém consegue fugir do cubo e encontra a tão famosa luz branca: sofre mais um e derradeiro teste, dependente de uma resposta de sim ou não. Acreditas em Deus?, é a pergunta.

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Não há nada de novo em relação aos outros filmes: há pessoas presas dentro do cubo, sem saber como e a tentar sair. A novidade reside no entrar e sair, que a acção divide, sendo que as acções dentro do cubo são bem menores que as exteriores. Cubo Zero assenta assim na mesma premissa apresentada por George Orwel, em 1984: uma sociedade autoritária e que vigia os cidadãos.

Ernie Barbarash consegue neste filme um belo trabalho com as câmaras e com o enredo, mantendo a atenção do espectador de uma forma inteligente, não se esquecendo também dos fãs do horror e do gore. Cubo Zero segue os conceitos básicos do filme original, mas cria também inovação, acabando por ter mais qualidade que Cubo 2 - Hipercubo.

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1 Comentário(s) “Cubo Zero”

  1. # Blogger Tião

    Finalmente uma resenha boa sobre esta trilogia! De tudo o que eu li, foi a única que me fez acreditar que você realmente tentou entender o que se passa! Parabéns!  

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