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Cubo 2: Hipercubo

A sequela do filme Cubo que, obviamente, perde muita da sua qualidade inicial, ao abordar temáticas mais complexas e hipotéticas teorias de física quântica.

Cubo 2: Hipercubo aborda uma história em muito semelhante à do primeiro cubo. Oito estranhos acordam numa divisão em forma de cubo. Quase de imediato percebem que este é um lugar diferente - em Matemática é um cubo de 4 dimensões, um hipercubo. Enquanto os prisioneiros exploram as divisões intermináveis são defrontados com obstáculos mortais. Mas nada é o que parece: a esquerda é a direita, subir é descer, sair é entrar. Mas alguém guarda um segredo que ameaça destruir a existência como eles a conhecem. Apenas um pode sobreviver ao hipercubo.

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Hipercubo não se pode chamar uma sequela do Cubo, porque apenas assenta na mesma temática, sem nenhum dos personagens ter alguma relação com o primeiro filme. O filme acaba por ser mais um remake do original, porque mantendo a mesma lógica de ideias, apenas moderniza o cenário. Desta vez, nota-se um aumento no financiamento da produção: portas de alta tecnologia, com sensores de tacto, salas brancas e luminosas, num estilo mais clínico e menos industrial. Enquanto que em Cubo, as personagens foram aprisionadas no espaço com roupas militares e sem qualquer um dos seus objectos pessoais, em Hipercubo, todas as personagens vestem as mesmas roupas de quando foram aprisionadas e trazem os seus objectos pessoais, como canetas, facas, óculos e relógios (acabando por ser essenciais ao desenrolar da história).

Enquanto que no primeiro Cubo, nenhum dos personagens sabe porque se encontra ali, nem apresenta nenhuma relação entre si, em Cubo 2: Hipercubo todos os personagens têm um elo de ligação: a empresa Izon, financiadora do projecto do Cubo. Aliás, enquanto que no primeiro filme não interessava perceber o objectivo do Cubo, na sequela Andrzej Sekula não parece querer esconder que o cubo tem fins militares e corporativos. Logo na sequência inicial do filme vê-se o Coronel Thomas Maguire a perguntar onde estão os números e a pedir uma oportunidade, permitindo perceber logo a ligação com o Departamento de Defesa e com o primeiro cubo.

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No primeiro Cubo a Matemática permitia a salvação, através dos números primos ou da factorização de enormes dígitos; contudo no Hipercubo a ficção científica é altamente explorada, através do uso da Física Quântica, teletransporte, universos paralelos, distorção do tempo e do espaço ou da gravidade. No Hipercubo perde-se a noção do primeiro filme de que o maior inimigo ali são as emoções humanas, pois perde-se a noção de espaço claustrofóbico. Aqui todas as interpretações parecem demasiado forçadas, perdendo assim todo a confusão e medo existente entre as personagens do primeiro elenco.

Sekula perdeu ao tentar ser arrojado. Perdeu-se a noção de sobrevivência, a fuga das armadilhas, pelo deambular constante de sala em sala, até encontrar uma nova dimensão dentro do hipercubo. No hipercubo chega-se a um ponto que se percebe que todos vão morrer até à desintegração do cubo, descoberta pelos cálculos do professor candidato ao Prémio Nobel.

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Hipercubo tem qualidade e entretenimento, no entanto, perde grande parte da qualidade inicial, ao tentar “dar um passo maior que a perna”.

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2 Comentário(s) “Cubo 2: Hipercubo”

  1. # Blogger Unknown

    Esse filme é muito ruim!! Não perca seu tempo!  

  2. # Blogger Unknown

    Esse filme é muito ruim!! Não perca seu tempo!  

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