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Cubo

Cubo é dos thrillers mais intrigantes de sempre, acabando por revelar uma grande componente humana e psicológica, em detrimento do cenário.

Vencedor do prémio Fantasporto em 1999, Cube foi dos filmes mais comentados na altura, devido ao seu intrigante enredo e simplicidade/complexidade do cenário. Cubo conta a história de seis pessoas comuns, totalmente estranhas entre si, que acordam presas num labirinto. Nele, existem salas interligadas em forma de cubos e preparadas com armadilhas mortais. Sem comida ou água, suas vidas estão com os minutos contados. Nenhum deles sabe como ou porque estão presos, mas logo descobrem que cada um possui uma habilidade especial que poderá contribuir para a fuga. Um matemático, um engenheiro, um polícia, um ladrão e um autista devem juntar esforços na ânsia de encontrar a saída de um enigma praticamente insolúvel.

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Cubo centra-se sobretudo nas emoções humanas, na sua natureza e no seu instinto de sobrevivência. Todo o enredo centra-se nas diferenças entre as pessoas e na forma como agem na resolução dessas diferenças. O problema mais grave, no interior do Cubo, não são as armadilhas. O que poderá impedir alguém de sair vivo do Cubo será mesmo ele próprio, expondo assim o nível a quem um ser humano chega quando assolado pelo desespero.

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Um dos grandes pontos a favor do filme é o elenco que, apesar de não ser muito conhecido, consegue fazer interpretações excelentes, num cenário sempre igual, com textos completos e longos. O filme ajuda-nos a compreender a gestão de um grupo, a capacidade de decisão e valorizar quem nos rodeia de modo a compreender as suas especialidades.

A interpretação de Andrew Miller, o autista, é das mais importantes de todo o filme, pois é ele que possui a solução para o enigma e consequente salvação de todos. As cenas finais do filme demonstram como o ser humano ainda está muito propenso a julgamentos pela aparência e não pelas capacidade. A saída do Cubo, envolta em luz branca, revela o enigmático espaço como uma espécie de catarse humana, onde só os puros são salvos

Nunca se percebe muito bem o porquê da construção do Cubo ou o motivo de serem aqueles seis os escolhidos, contudo todos eles têm um papel preponderante lá dentro. O cenário do filme acaba por brincar com o espectador, levando-o a ter uma atitude activa e por vezes claustrofóbica, em relação ao desenrolar do argumento.

Sem dúvida alguma, Cubo apresenta como uma inovação para a época em que surgiu, sendo um filme cheio de pontas soltas e enigmas por resolver.

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1 Comentário(s) “Cubo”

  1. # Anonymous Anónimo

    Eu não consegui compreender o final do filme.  

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