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Gone Baby Gone


Gone Baby Gone (Vista pela última vez) apresenta-se como mais um filme polémico, muito comentado e que incitará uma corrida às bilheteiras, não propriamente pelo seu argumento ou participações, mas pela sua verosimilhança com a realidade.
Gone Baby Gone assemelha-se ao polémico caso Madeleine McCann. Ora vejamos: a história do filme fala sobre o desaparecimento estranho de uma criança de quatro anos, muito chamada Amanda McCready que, em tudo, se parece com Madeleine. A criança que faz de Amanda chama-se, na vida real, Madeline O’Brien. O thriller centra-se nos trabalhos de investigação de dois detectives que suspeitam que a criança terá desaparecido após ter sido deixada sozinha em casa. As coincidências com a vida real tornam-se tantas, que este filme chega até a ser perturbador, a ponto de o filme ter chegado a ser adiado, pelo director Ben Affleck, estreante do outro lado das câmaras. Ben Affleck diz que se baseou num livro escrito por Dennis Lehane em 1998.

O filme conta com as participações de Morgan Freeman, Casey Affleck, Michelle Monaghan, Amy Ryan, entre outros.
Do argumento pode-se afirmar que é, em si, uma desilusão. Gone Baby Gone dificilmente convence à primeira, por ser demasiado básico e óbvio em determinadas cenas ou pela grande maioria das participações serem muito fracas. As únicas participações bem conseguidas resumem-se a Morgan Freeman (que apesar de aparecer poucas vezes, acaba por ter um papel preponderante na acção) e Amy Ryan (pela sua excelente caracterização como mãe toxicodepente). O filme torna-se demasiado confuso por vezes, a ponto de o encadeamento de cenas não parecer muito lógico e se perder muito do possível “brilho” que as mesmas poderiam ter. Ao mesmo tempo, na recta final do final compreende-se o porquê de muitas destas decisões.
Gone Baby Gone acaba por ser um filme demasiado moralizante. O filme não assume o papel de juiz e relega esse cargo para os espectadores, mas muitas vezes tem necessidade de explicar demasiado, por palavras, o porquê das acções das personagens.
Este filme põe-nos a pensar em como, muitas vezes, o amor se sobrepõe à razão e perante o dilema moral lei/coração. O que o filme tem de melhor é não tomar um dos lados, apesar de ter a sua grande moral. De qualquer modo, é um filme interessante e polémico, pois além do caso Madeleine McCann, recorda-nos outros casos recentes no panorama nacional, muito seguidos pelos media, valendo assim pela curiosidade e não propriamente pela qualidade do argumento.

Patrick Kenzie: "I always believed it was the things you don't choose that makes you who you are. Your city, your neighborhood, your family. People here take pride in these things, like it was something they'd accomplished. The bodies around their souls, the cities wrapped around those. I lived on this block my whole life; most of these people have. When your job is to find people who are missing, it helps to know where they started. I find the people who started in the cracks and then fell through. This city can be hard. When I was young, I asked my priest how you could get to heaven and still protect yourself from all the evil in the world. He told me what God said to His children. "You are sheep among wolves. Be wise as serpents, yet innocent as doves."

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