Pisares


Monty Python

Os Monty Python (Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Terry Gilliam) surgiram em Inglaterra em 1969, na BBC de Londres, com a série Monty Python's Flying Circus.
Este grupo de comediantes é agora homenageado por cinco dos melhores actores de comédia portugueses: António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes e Miguel Guilherme. Os sketches clássicos dos Monty Python foram traduzidos e adaptados pelo incomparável Nuno Markl, que escreve que "os Monty Python abriram os sentidos do Mundo não só para a comédia, mas também para alguns temas importantes para as sociedades modernas: como trocar papagaios mortos, piadas enquanto armas mortíferas, canibalismo em agências funerárias e a presença de cangurus na última Ceia".
Fiquei surpreendida com cada um dos actores, que formam um grupo excepcional! É uma forma de comédia muito particular, que se foca em pormenores nada comuns do nosso Mundo: um homem com um gravador no nariz, um papagaio morto com saudades dos fiordes, um homem que diz "b" em vez de "c" mas que consegue dizer os "k"s e que por isso diz "born flakes", entre muitos outros.
A não perder.
Olha sempre para o lado fixe da vida!

Etiquetas:

Qwentin – FNAC Santa Catarina, Porto

Não sou grande fã do género, mas a banda Qwentin, que actuou na FNAC de Santa Catarina, no Porto, no dia 28 de Abril de 2008, surpreendeu-me.
Os Qwentin não são uma banda comum e muito menos têm um som comum. A banda é composta por quatro membros, com nomes artísticos: Drepopoulos Qwentinsson (baixo), Gospodar Qwentinsson (guitarra, voz), Morloch Qwentinsson (programações, teclados), Qweon Qwentinsson (guitarra, voz) e Bárány Qwentinsson (bateria).
O espectáculo tem uma componente muito teatral, bastante dramatizado, facto verificado pelo vestuário usado em palco: fato e saia negros. Aliás, o preto é a sua imagem de marca, visto que todos eles surgem maquilhados, olhos e unhas com o negro como elemento dominante.
No entanto, a banda não se distingue simplesmente pela forma como surge em palco, sendo que a diferença reside precisamente no som. Qwentin surge entre o rock e o punk, sem sequer chegar a um deles, ou talvez até superando estes dois géneros, para algo extremamente alternativo. Os dois guitarristas/vocalistas têm uma voz agradável e que se ajusta perfeitamente ao género musical. Cantam em sete línguas diferentes: castelhano, inglês, português, francês, italiano, holandês e esperanto. Mas poderia até afirmar uma oitava língua, a interpretativa, que é usada várias vezes para dramatizar ou teatralizar as músicas.
Apesar de o showcase ter sido breve, deu oportunidade de ouvir algumas das suas músicas, entre as quais a potente Fatalidad ou a contagiante Uomo Tutto. Um concerto, no mínimo surpreendente e intrigante, uma sonoridade a investigar.

www.qwentinband.blogspot.com

www.myspace.com/qwentin
www.qwentin.com

Etiquetas:

The Gift & Orquestra Metropolitana de Lisboa - CC Vila Flor, Guimarães

Há 14 anos que os The Gift encontram forma de evitar a estagnação e de se re-inventarem. Um concerto com uma orquestra de renome seria o culminar dessa re-invenção. Surgido de um convite por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a banda de Alcobaça aceitou partilhar o palco com a Orquestra Metropolitanade Lisboa em três concertos inéditos. Um deles foi no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, o qual eu tive prazer de assistir.

A curiosidade e ansiedade seria muita. Conseguiriam eles superar-se a si próprios e proporcionar um momento único na história da banda? Conseguiriam adaptar as novas músicas, por si só tão fortes e ritmadas, que à primeira vista pareceriam nada ter a ver com arranjos orquestrais? Que tipo de alinhamento utilizariam: sobretudo singles ou retomariam às origens? Posso dizer que tudo foi melhor do que poderia imaginar.

Depois de uma corrida às bilheteiras, finalmente havia chegado o dia 11 de Abril. Já passavam quinze minutos das 22 horas, quando os elementos da orquestra surgiram em palco, vestidos a rigor, afinando os seus instrumentos. Instantes após o maestro Pedro Neves aparecer, ouvem-se os primeiros acordes de How the end... always end, do velhinho álbum Vinyl. Sónia Tavares encantou toda a plateia, com a sua portentosa voz, com um bonito e vistoso vestido armado preto, enquanto o compositor da banda, Nuno Gonçalves, brilhava no seu piano.

Are you near?, do álbum AM e das músicas mais fortes que os The Gift já compuseram, foi a que mais surpreendeu. Num registo completamente diferente do habitual, a música surgiu num lindíssimo arranjo de cordas que arrepiou todos os presentes.

Músicas que raramente são tocadas nos concertos da banda foram também aproveitadas de uma forma exímia por Nuno Gonçalves e Pedro Neves, como o caso de Love Boat (Vinyl), Elisa (AM), Next Town (Film), Wake Up (AM), Waterskin (Film) e Weekend (Vinyl). Caso para realçar que os arranjos de Love Boat e Weekend elevaram o espectáculo a um musical da Broadway, tal o ambiente que surgiu em todo o auditório.

Outras músicas foram igualmente estarrecedoras, como a minha preferida desde sempre, Actress, com o coro a dar o seu toque final, ou a irreconhecível Butterfly, sem o seu som electrónico, mas igualmente fantástica. O sucesso Fácil de Entender fez lembrar os primeiros tempos em que a Sónia e o resto do grupo ainda se sentiam relutantes em cantá-la em público, com medo que não fosse bem recebida, unicamente com o Nuno ao piano, acompanhado pela voz singular da vocalista. Ok! Do you want something simple? primou por um arranjo mais maduro, ao qual o público pareceu reagir de uma forma entusiasta e no qual todos membros da orquestra participaram com um forte grito de "OK!". Music foi outra surpresa do espectáculo. Um single repetido tantas vezes até à exaustão, acabou por ser refrescante numa noite como esta. Como não podia deixar de ser (ou não fosse a CGD a mentora do concerto), mais uma vez o Hino da Caixa combinou muito bem com a potente canção 645, num dos momentos que mais levou a plateia ao rubro.

Ao fim de Wake Up, a plateia permaneceu sentada, sabendo que a noite não podia ficar por ali e fortaleceu a sua satisfação com uma grande salva de palmas. Assim se deu início ao primeiro encore da noite, que levou a momentos absolutamente extraordinários, com a aparentemente esquecida Waterskin, a quase teatral Weekend ou a inebriantemente alegre In Repeat, com um final ao género de Arcade Fire.

No fim, já num segundo encore, Sónia Tavares convidou todos a se levantarem e dançarem o último single 645, com uma energia que levou todo o público a vibrar.

Uma noite memorável e dificilmente repetível, que merecia ser editada em DVD, onde toda banda e também a maravilhosa Orquestra Metropolitana de Lisboa e seu maestro, foram aplaudidos de pé, por longos momentos.


Como nota, apresento o alinhamento do espectáculo:

- How the end... always end.
- Are you near?
- Love Boat
- Actress
- Elisa
- Next Town
- Butterfly
- Front Of
- Fácil de Entender
- Ok! Do you want something simple?
- Hino da Caixa/645
- Music
- Wake Up
1.º Encore:
- Waterskin
- Weekend
- In Repeat
2.º Encore:
- 645

Fotos by: Xucra.
Vídeos do concerto no Coliseu de Lisboa - http://thegiftportugal.blogspot.com/

Etiquetas:




© 2006 Pisares | Blogger Templates by GeckoandFly.
No part of the content or the blog may be reproduced without prior written permission.
Learn how to make money online | First Aid and Health Information at Medical Health