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Call Girl

Quando lemos o título Call Girl e vemos que Soraia Chaves é a actriz principal, talvez nos sentíssemos tentados a dizer “mais do mesmo”. E efectivamente é. Mais um filme em que Soraia Chaves expõe o seu corpo para uma personagem algo polémica.
Em Call Girl, Soraia Chaves é Maria, uma prostituta de luxo contratada para seduzir um político (Nicolau Breyner), a fim de ele autorizar um empreendimento de luxo na sua autarquia. Maria é consciente das suas atitudes, ambiciosa e sobretudo com domínio na sua vida e na dos outros. Uma intriga policial, que fala sobre temas como acompanhantes de luxo, corrupção e violência doméstica. O filme foi realizado pelo já conhecido e excelente cineasta António Pedro Vasconcelos.
O que de início parecia uma história sem sabor, que não prende de imediato à tela, revelou-se uma surpresa, apesar dos diálogos recheados de palavrões e da construção de certas cenas de uma forma algo artificial. Em Call Girl conseguiu-se, através de um argumento típico e comum, envolver o espectador com cenas quase cómicas, outras dramáticas e ainda outras intensamente eróticas ou até sexualmente explícitas.
Da anterior personagem, Amélia (Crime do Padre Amaro) para a Maria (Call Girl) vê-se uma evolução extrema no desempenho da actriz. Mas há outras interpretações de luxo como Nicolau Breyner, Ivo Canelas ou José Raposo.
De Call Girl levantam-se ainda algumas questões. Será que pretende ser o retrato político do nosso país? O Ministro da Saúde não é demasiado parecido com José Sócrates? O tema sexo e poder vende sempre bem e por isso apostaram neste argumento? Tem um sentido moral?
Apesar de tudo, Call Girl é um filme recomendável.

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